É o diabo do receio,
de saber que cedo ou tarde, que vai ser de repente, inevitável, dos
efeitos da sua librianidade (tua inconstância e tua cansadez). Os
dois hemisférios me munindo de antônimos (fica, volta, desliga o
carro, aparece, cuidado, dá um agrado, se apressa, um cafuné, larga
dele, um samba, liga pra Fulano, morre de vergonha, fica só, tira o
vestido, nem sobe, cede). Não te quero por perto pra não te querer
mais perto. E nem foi por querer que eu te quis. Mas que de um
levantar de sobrancelhas teu, me vem o arroubo... A taquicardia, o
descompasso, a esquizofrenia. Não é caso de cardiologista ou Dona
Daiane. É caso sem solução. É infalível: seus olhos caídos e o
encaixe na minha nuca, meu desajeitamento e teu cuidado. É
infundado: toda resistência, o desperdício, a inexperiência, a
culpa. É espontâneo. Que seu pouco caso seja só charme. Que sua
irresistibilidade seja só macumba. Que seu efeito aqui não seja
real. Se for...
Nenhum comentário:
Postar um comentário