sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Outubro,


É o diabo do receio, de saber que cedo ou tarde, que vai ser de repente, inevitável, dos efeitos da sua librianidade (tua inconstância e tua cansadez). Os dois hemisférios me munindo de antônimos (fica, volta, desliga o carro, aparece, cuidado, dá um agrado, se apressa, um cafuné, larga dele, um samba, liga pra Fulano, morre de vergonha, fica só, tira o vestido, nem sobe, cede). Não te quero por perto pra não te querer mais perto. E nem foi por querer que eu te quis. Mas que de um levantar de sobrancelhas teu, me vem o arroubo... A taquicardia, o descompasso, a esquizofrenia. Não é caso de cardiologista ou Dona Daiane. É caso sem solução. É infalível: seus olhos caídos e o encaixe na minha nuca, meu desajeitamento e teu cuidado. É infundado: toda resistência, o desperdício, a inexperiência, a culpa. É espontâneo. Que seu pouco caso seja só charme. Que sua irresistibilidade seja só macumba. Que seu efeito aqui não seja real. Se for...  

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